Diário alemão assinala Muro de Berlim

«<i>Danke</i> – obrigado»

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No dia em que as au­to­ri­dades alemãs ce­le­bravam o 50.º ani­ver­sário da cons­trução do muro de Berlim com uma in­tensa cam­panha de di­a­bo­li­zação do re­gime so­ci­a­lista, o diário Junge Welt («Jovem Mundo») es­creveu na sua pri­meira pá­gina: «Aqui nós di­zemos sim­ples­mente: Obri­gado».

E segue-se uma lista de 13 ra­zões para agra­decer a exis­tência do muro de Berlim du­rante 28 anos, pe­ríodo no qual, sa­li­enta o jornal da ju­ven­tude co­mu­nista, foi man­tida a paz na Eu­ropa; não foram en­vi­ados sol­dados ale­mães para a guerra; não havia as leis anti-so­ciais Hartz IV e de­sem­prego; não havia pes­soas sem-abrigo e sopa dos po­bres; não havia di­fi­cul­dades em en­con­trar vagas nas cre­ches e jar­dins-de-in­fância; não havia nas ruas car­tazes nazis; a me­di­cina não se fazia a duas ve­lo­ci­dades e a edu­cação era gra­tuita para todos.

Ou­tras vozes dis­so­nantes no coro an­ti­co­mu­nista fi­zeram-se ouvir numa con­fe­rência do par­tido Die Linke (A Es­querda), re­a­li­zada no sá­bado em Ros­tock, ter­ri­tório da an­tiga Re­pú­blica De­mo­crá­tica Alemã.

Quando chegou a al­tura de ob­servar o mi­nuto de si­lêncio, de­cre­tado pelo go­verno fe­deral em nome das ví­timas do muro, al­guns de­le­gados per­ma­ne­ceram os­ten­si­va­mente sen­tados. Uma dessas pes­soas foi Ma­ri­anne Linke, des­ta­cada di­ri­gente re­gi­onal do par­tido que, se­gundo o jornal Bild am Sonntag, jus­ti­ficou a sua po­sição lem­brando que «o en­cer­ra­mento das fron­teiras em 1961 não teria acon­te­cido sem uma Ale­manha fas­cista».

Também Ge­sine Lötzsch, co-pre­si­dente do Die Linke desde 2010, re­cordou, para de­sa­grado da­queles que pro­curam apagar a his­tória, que o muro de Berlim foi uma con­sequência da II Guerra Mun­dial.



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